Crise
Com mais de dez mortes confirmadas, termina rebelião em presídio no RN
Com apoio de helicóptero e carro blindado, tropa de choque, do Bope e do GOE entraram em Alcaçuz
Fotos Públicas -
Depois de mais de 14 horas chegou ao fim na manhã deste domingo (150 a rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, região metropolitana de Natal, Rio Grande do Norte.
Com apoio de um carro blindado e de um helicóptero, tropa de choque, Bope e Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Militar do Estado entraram nos pavilhões por volta das 7h20 deste domingo (horário de verão - 6h20 em Natal). Não houve troca de tiros, segundo fontes oficiais. O governo do Estado confirma mais de dez mortes durante a rebelião, que .começou com uma briga entre presos dos pavilhões 4 e 5 no fim da tarde de sabado. O pavilhão 5 é um anexo a Alcaçuz, o maior presídio do RN - com capacidade para 620 presos mas com população carcerária de 1.150. Nele encontram-se detentos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). No 4, os do Sindicato do Crime RN - ligados ao Comando Vermelho, rival da organização criminosa paulista.
Não houve negociação durante a madrugada entre presos e PM. Aparentemente, não houve tiros nem tumultos. A energia elétrica foi cortada.
Segundo a presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do RN, Vilma Batista, homens em um carro se aproximaram do presídio antes da rebelião e jogaram armas por sobre o muro.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) diz em nota que as mortes são "resultado de uma briga entre facções rivais". Já o governo do Estado afirma que "'estão sendo levantadas informações acerca do envolvimento de facções criminosas".
Rebeliões e fugas
A última rebelião em Alcaçuz foi registrada em novembro de 2015. Houve quebra-quebra após a descoberta de um túnel escavado a partir do pavilhão 2.
Mais de 100 presos conseguiram escapar do presídio no ano passado, em 14 fugas. A maioria deixou o local por meio de túneis escavados a partir dos pavilhões ou por buracos abertos no pé do muro, sempre sob uma guarita desativada ou sem vigilância.
Força Nacional
Na segunda-feira (9), o Ministério da Justiça prorrogou por mais 60 dias a presença da Força Nacional de Segurança no Rio Grande do Norte. O contingente atua no patrulhamento das ruas e pode atuar na segurança do perímetro externo das unidades prisionais da Grande Natal.
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